domingo, 17 de março de 2013

Assinatura e Certificação Digital - Introdução


Após a segunda guerra mundial, a tecnologia de computadores extrapolou os limites de uso militar e começou uma expansão pelas instituições públicas e privadas dos países do capitalismo central. No início eram máquinas difíceis de serem manuseadas, e somente especialistas tinham a honra de operá-las. Na década de 80, duas grandes novidades surgiram: os computadores pessoais e as redes de trabalho. As redes evoluíram rapidamente e de forma espantosa, passaram de pequenas redes locais (Local Area Network - LAN) para redes metropolitanas (Metropolitan Area Network - MAN) até chegar a uma nuvem que interliga todas as redes, recebendo o nome de Internet, a grande teia mundial de computadores.
            O avanço da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), ocorrido a partir dos anos noventa, mudou radicalmente os mecanismos de registros e de comunicação da informação nas instituições públicas e privadas. Os documentos gerados no decorrer das atividades dessas instituições, até então em meio convencional, assumem novas características, isto é, passam a ser gerados em ambientes eletrônicos, armazenados em suportes magnéticos e ópticos, em formato digital, e deixam de serem apenas entidades físicas para se tornarem entidades lógicas.
            Dado então um ambiente sem limites geográficos e a facilidade em criar e tramitar mensagens e informações, nasce também outra necessidade: a Assinatura Digital, que vem para garantir a autenticidade e integridade no enlace das mensagens, seus autores e se necessário, seus respectivos interessados. O conceito da Certificação Digital vem então prestar um serviço que é semelhante aos de tabeliães, certificando que determinada assinatura é ou não de determinada pessoa/instituição.
            Para possibilitar a existência da Assinatura e Certificação Digital, faz-se necessário uma “big” infra-estrutura que dê suporte, como uma espécie de Data Center mantendo as informações concernentes a assinatura digital, tais como as chaves públicas e privadas, as Autoridades Certificadoras e os certificados válidos e revogados. Tais infra-estruturas são denominadas Infra-estrutura de Chaves Públicas.
Assim como cada nação é responsável por seus órgãos emissores de documentos, de identidade, por exemplo, e a validade destes, cada nação também é responsável por suas infra-estruturas que devem dar suporte a certificação e assinatura digital. No caso do Brasil, tem-se a ICP-Brasil, que é uma entidade governamental dirigida a manter a “Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras”.
A assinatura digital só é possível graças à Criptografia, sendo que esta tem a matemática como base. A evolução da informática, com hardwares cada vez mais potentes permitindo o processamento de bilhões de bits por segundo foi um acontecimento e fator importantíssimo para a criptografia e sua consequente evolução. Algoritmos e algoritmos de criptografia foram desenvolvidos no objetivo de garantir a segurança da informação, e logicamente requisitando processamentos cada vez mais pesados. No decorrer do trabalho, será discursado sobre os dois modelos de criptografia, sendo eles os de chave única, denominado Criptografia Simétrica e os de chaves privadas e públicas denominado de Criptografia Assimétrica e consequentemente suas utilizações na Assinatura Digital.
O ato de assinar uma mensagem digital é o ato de criptografar a mensagem com uma chave privada de maneira que a mesma só possa ser descriptografada com sua chave pública correspondente, porém como a tarefa é muito onerosa, geralmente faz-se uso de resumos de códigos do inglês hash code, no qual há a presença de funções de resumo criptográficas (cryptographyc hash functions) que obtém um identificador de tamanho fixo e relativamente pequeno de qualquer mensagem lógica, este é tratado muitas vezes como o identificador de uma mensagem lógica, assim a assinatura ou a criptografia na prática, ocorre em cima do resumo (digest) da mensagem, o que torna a tarefa muito mais leve e utilizável.
De maneira tal, este trabalho tem por objetivo apresentar a Assinatura e Certificação Digital, mostrando seus detalhes intrínsecos, sua abordagem nos limites brasileiros apresentando sua regulamentação. É apresentado também, casos em que tal abordagem é aplicada como a camada de segurança no protocolo HTTP, trazendo segurança em navegações na internet. Também faz parte do objetivo mostrar como se faz necessário a popularização do suporte a tecnologia, de maneira que operações de Certificação e Assinatura tendem a ser mais seguras do que o modelo manuscrito/convencional.

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